

ENTREVISTA COM O RADICAL ÁFRICA
Weider Alves Pereira(Pib Volta Redonda)
Concedida ao Wagner Luan Rodrigues da Silva dia 14.03.2010 no templo da PIB Artur Nogueira
Weider Alves Pereira(Pib Volta Redonda)
Concedida ao Wagner Luan Rodrigues da Silva dia 14.03.2010 no templo da PIB Artur Nogueira
No último dia 14.03.2010 a PIB Artur Nogueira recebeu a visita do missionário do Projeto Radical África Weider. Durante à tarde ele deu uma palestra a liderança da igreja e falou de suas expectativas e respondeu as perguntas dos líderes. A noite ele participou do culto dando testemunho e trazendo a mensagem.
Abaixo segue uma entrevista onde o missionário esclareceu algumas dúvidas.
Wagner – Quando e onde você sentiu o tocar de Deus para ser missionário?
Missionário – Me converti com 22 anos, durante a visita de uma turma do Radical que faziam a divulgação do Projeto em igrejas do Rio de Janeiro e na minha cidade Volta Redonda, então eu senti tocado por Deus para ser radical.
W – E porque você decidiu ser Radical África?
M – É uma pergunta que eu me fazia, as pessoas diziam que a África é um campo difícil, mas eu senti que Deus queria me usar na África, a necessidade religiosa na África é muito grande e são poucos missionários, então eu vi ali uma oportunidade de levar Deus aquele povo.
W – Você vem de uma família evangélica?
M – Não, eu moro com a minha mãe, uma tia e um primo que eu considero um irmão, tamanho é a nossa união, mas nenhum deles são evangélicos, apenas fazem algumas visitas a igreja.
W – Já que você não vem de uma família evangélica, como eles reagiram a sua decisão?
M – No começo eles ficaram meio apreensivos, mas sempre me apoiaram porque eles tinham convicção de que era aquilo mesmo que eu queria e então eu comecei a fazer parte de um projeto no morro do Borel no Rio.
W – Projeto na favela? O que é esse projeto?
M – Nós participávamos desse projeto em parceria com a Jocum, que mantém uma base fixa no morro e então alguns jovens vão lá e ajudam, eu participei da parte de construção mesmo, como pedreiro, azulejista, mas o que gostei mesmo foi do trabalho com as crianças, na área de esporte como o futebol e o basquete. Tinha as oficinas de brincadeira, artesanato e até de informática.
W – Você acha que essa experiência vai te ajudar no campo?
M – Claro, afinal o trabalho numa favela é sempre muito difícil, afinal tem a questão do tráfico e a aceitação da população que são descrentes de ajuda, afinal muitos são esquecidos pela sociedade, e o povo africano também. Assim, as maiorias dos países são muito pobres.
W – Qual o critério escolhido pela Junta para a seleção e como ele é feito?
M – O primeiro passo é a pessoa se escrever no site, ai a Junta manda diversos questionários, onde nós respondemos para que ela conheça o nosso perfil, então depois nós vamos para o processo seletivo e existe alguns requisitos que nós temos que preencher como:
- ser solteiro
- Ensino Médio completo
- Ter 18 a 28 anos
- Ter desenvoltura e ser submisso a liderança
- E principalmente saber reagir a situação adversa
W – Quanto tempo dura o treinamento e estadia no campo?
M – Primeiro a gente fica numa espécie de colégio aprendendo um pouco de teologia, sociologia e principalmente a gente aprende sobre o campo onde iremos atuar. Isso dura em torno de 1 a 2 anos. Depois somos enviados ao campo por até 2 anos, dando ai em torno de 4 anos.
W – 4 anos não é muito tempo e como lidar com a saudade da família?
M – No Colégio, nós ficamos em regime de internato, só falamos com a família 1 vez por semana, já no campo é em média 1 vez por mês, quando temos que enviar relatórios para a Junta e ai falamos com nossa família.
Essa saudade eu me apoio no Salmos 68:6 onde Deus dá ao solitário uma família e no seminário os meus amigos passaram a ser minha família, já no campo eu vou ter uma nova família e eu vou me agarrar a esse sentimento para sanar a saudade de casa.
W – Fale um pouco do seu campo missionário
M – Eu vou ser enviado ao Senegal, uma antiga Colônia Francesa, um campo onde há muito trabalho e poucos missionários.
W – Como será o seu trabalho?
M – Eu vou no final de abril, ficarei em Dacar capital daquele país num período de adaptação que vai durar em torno de 3 a 4 meses, depois eu vou para o interior, nas aldeias onde eu atuarei.
W – Os países Africanos são conhecidos por seus conflitos étnicos, você não tem receio?
M – Eu sei dos riscos que há, mas a confiança em Deus é maior porque eu sei que Ele cuidará de mim.
W – E para encerrar deixe uma mensagem para a igreja e os jovens
M – É que nós como igreja temos que olhar para as pessoas com um olhar de compaixão e ver em nossa cidade uma oportunidade de evangelismo.
Já para os jovens é que eles são a igreja do presente em não do futuro, tem que encarar os desafios do cotidiano da vida cristã, são uma oportunidade de crescimento, então arregace as mangas e trabalhem para Cristo.
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