terça-feira, 16 de março de 2010

ENTREVISTA COM O MISSIONÁRIO WEIDER




ENTREVISTA COM O RADICAL ÁFRICA
Weider Alves Pereira(Pib Volta Redonda)
Concedida ao Wagner Luan Rodrigues da Silva dia 14.03.2010 no templo da PIB Artur Nogueira



No último dia 14.03.2010 a PIB Artur Nogueira recebeu a visita do missionário do Projeto Radical África Weider. Durante à tarde ele deu uma palestra a liderança da igreja e falou de suas expectativas e respondeu as perguntas dos líderes. A noite ele participou do culto dando testemunho e trazendo a mensagem.
Abaixo segue uma entrevista onde o missionário esclareceu algumas dúvidas.
Wagner – Quando e onde você sentiu o tocar de Deus para ser missionário?
Missionário – Me converti com 22 anos, durante a visita de uma turma do Radical que faziam a divulgação do Projeto em igrejas do Rio de Janeiro e na minha cidade Volta Redonda, então eu senti tocado por Deus para ser radical.
W – E porque você decidiu ser Radical África?
M – É uma pergunta que eu me fazia, as pessoas diziam que a África é um campo difícil, mas eu senti que Deus queria me usar na África, a necessidade religiosa na África é muito grande e são poucos missionários, então eu vi ali uma oportunidade de levar Deus aquele povo.
W – Você vem de uma família evangélica?
M – Não, eu moro com a minha mãe, uma tia e um primo que eu considero um irmão, tamanho é a nossa união, mas nenhum deles são evangélicos, apenas fazem algumas visitas a igreja.
W – Já que você não vem de uma família evangélica, como eles reagiram a sua decisão?
M – No começo eles ficaram meio apreensivos, mas sempre me apoiaram porque eles tinham convicção de que era aquilo mesmo que eu queria e então eu comecei a fazer parte de um projeto no morro do Borel no Rio.
W – Projeto na favela? O que é esse projeto?
M – Nós participávamos desse projeto em parceria com a Jocum, que mantém uma base fixa no morro e então alguns jovens vão lá e ajudam, eu participei da parte de construção mesmo, como pedreiro, azulejista, mas o que gostei mesmo foi do trabalho com as crianças, na área de esporte como o futebol e o basquete. Tinha as oficinas de brincadeira, artesanato e até de informática.
W – Você acha que essa experiência vai te ajudar no campo?
M – Claro, afinal o trabalho numa favela é sempre muito difícil, afinal tem a questão do tráfico e a aceitação da população que são descrentes de ajuda, afinal muitos são esquecidos pela sociedade, e o povo africano também. Assim, as maiorias dos países são muito pobres.
W – Qual o critério escolhido pela Junta para a seleção e como ele é feito?
M – O primeiro passo é a pessoa se escrever no site, ai a Junta manda diversos questionários, onde nós respondemos para que ela conheça o nosso perfil, então depois nós vamos para o processo seletivo e existe alguns requisitos que nós temos que preencher como:
- ser solteiro
- Ensino Médio completo
- Ter 18 a 28 anos
- Ter desenvoltura e ser submisso a liderança
- E principalmente saber reagir a situação adversa
W – Quanto tempo dura o treinamento e estadia no campo?
M – Primeiro a gente fica numa espécie de colégio aprendendo um pouco de teologia, sociologia e principalmente a gente aprende sobre o campo onde iremos atuar. Isso dura em torno de 1 a 2 anos. Depois somos enviados ao campo por até 2 anos, dando ai em torno de 4 anos.
W – 4 anos não é muito tempo e como lidar com a saudade da família?
M – No Colégio, nós ficamos em regime de internato, só falamos com a família 1 vez por semana, já no campo é em média 1 vez por mês, quando temos que enviar relatórios para a Junta e ai falamos com nossa família.
Essa saudade eu me apoio no Salmos 68:6 onde Deus dá ao solitário uma família e no seminário os meus amigos passaram a ser minha família, já no campo eu vou ter uma nova família e eu vou me agarrar a esse sentimento para sanar a saudade de casa.
W – Fale um pouco do seu campo missionário
M – Eu vou ser enviado ao Senegal, uma antiga Colônia Francesa, um campo onde há muito trabalho e poucos missionários.
W – Como será o seu trabalho?
M – Eu vou no final de abril, ficarei em Dacar capital daquele país num período de adaptação que vai durar em torno de 3 a 4 meses, depois eu vou para o interior, nas aldeias onde eu atuarei.
W – Os países Africanos são conhecidos por seus conflitos étnicos, você não tem receio?
M – Eu sei dos riscos que há, mas a confiança em Deus é maior porque eu sei que Ele cuidará de mim.
W – E para encerrar deixe uma mensagem para a igreja e os jovens
M – É que nós como igreja temos que olhar para as pessoas com um olhar de compaixão e ver em nossa cidade uma oportunidade de evangelismo.
Já para os jovens é que eles são a igreja do presente em não do futuro, tem que encarar os desafios do cotidiano da vida cristã, são uma oportunidade de crescimento, então arregace as mangas e trabalhem para Cristo.

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